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OUTROS
NOMES:
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Teixo,
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GERAL:
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Árvore pequena 10
a 15 m que excepcionalmente pode
atingir 25 m de altura, embora frequentemente tenha um porte arbustivo; muito ramificada
desde a base, copa densa e, se isolada tem forma piramidal
ampla com ramos horizontais
e raminhos ascendente; tronco, canelar, recto, por vezes
irregular, bastante canelado.
As folhas são persistentes.
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FOLHAS:
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As
suas folhas dispostas em alinhamentos duplos sobre
os ramos vivem cerca de 8 anos, seguidamente caem,
são aciculares, pontiagudas,
mas
não picantes,
flexíveis, lineares, achatadas, de 2-4 cm
de comprimento e 3 mm de largura, verde-escuras na página
superior e com duas listras verde-amareladas, pouco visíveis na página inferior.
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FLORES:
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Espécie dióica,
isto é, com indivíduos masculinos e femininos distintos.
Floresce
entre Março e Abril.
As flores masculinas, muito numerosas, emergem,
inclinadas
para baixo, individualmente
nas axilas das folhas, de forma esférica,
amareladas, solitárias, providas de 6-14 estames, e as
flores
femininas,
pendentes e pouco visíveis, verdes, aos pares
ou solitárias, na extremidade dos raminhos, contêm
um óvulo rodeado de brácteas.
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FRUTOS:
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Os
pés femininos dão nos finais do Verão e durante o Outono do mesmo ano
um falso-fruto, que não é mais que uma
semente, ovóide, também tóxica, de 6 a 7 mm envolvida por um arilho ou arilo carnudo
(este não tóxico),
escarlate, amarelo ou alanranjado consoante as
diferentes variedades.
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GOMOS:
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Muito
numerosos, estes são ovóides, pequenos, escamosos,
verde-amarelados.
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CASCA:
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Castanho-avermelhada,
lisa quando jovem, depois torna-se escamosa, sulcada e
com o envelhecimento, esfolia-se em placas.
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ECOLOGIA:
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Espécie que cresce
nas florestas mistas da Europa; tolera
a sombra assim como a plena luz; exige atmosfera e solos húmidos com
preferência para os solos calcários
Suporta bem o frio,
mas é sensível à geada.
Cresce até 1500 m de altitude,
ou mais.
Árvore de crescimento lento que pode viver de 1500
a 2000 anos.
Propaga-se
por
semente, por rebentação da toiça
e também por estaca.
Frutifica
a partir de...
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DISTRIBUIÇÃO:
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É originária da Europa, Norte de África e Sudoeste da Ásia.
Em Portugal,
onde é espontâneo, encontram-se algumas centenas
de pés pelas serras do Norte ( sobretudo Gerês e Estrela), assim como nos arquipélagos.
Aparentemente
as medidas tomadas em favor da protecção do teixo
começam a dar bons resultados no meio natural.
Encontramos
geralmente os representantes desta espécie disseminados,
pois evita a vizinhança dos seus semelhantes.
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UTILIZAÇÃO:
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É utilizado para fazer coberto florestal, para ornamentação, pois o contraste do verde-escuro
das folhas com os numerosos arilos vermelhos, faz
um belo efeito e contraste que perdura uma parte
do Inverno.
A sua madeira é
resistente, flexível, bastante dura, avermelhada ou castanha, e de boa qualidade.
É aproveitada no fabrico de peças de mobiliário,
em
torneados, esculturas; marchetaria, arcos de
flechas, enquanto
que as suas raízes servem para fazer os arcos de
violino; é também apreciada por imitar o ébano quando tingida de preto. Pode-se
dizer que as suas características mecânicas e físicas: homogeneidade, pesada e
imputrescível, perspectivam utilizações ímpares que deveriam promover a
plantação em maior número de teixos, que se justifica
igualmente pela sua exploração intensiva em largas partes
da Europa zonas das quais praticamente desapareceu.
Como
suporta bem a poda é também usado en em sebes e ornamentação.
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OBSERVAÇÕES:
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Com
excepção dos frutos, todas as partes verdes
do teixo possuí um alcalóide tóxico, a
taxina, que o torna perigoso, tanto para os animais como para os homens. Característica
que explica a sua destruição sistemática de
há séculos para cá. Tal acção do homem colocou a
espécie em vias de extinção, e por isso deve-se ter cuidados
em não colher ou danificar sujeitos no seu meio natural.
Se a taxina é toxica para os homens e outros animais, esta substância
tem sido utilizada na luta contra o cancro. O que mais uma vez
ilutra, a necessidade absoluta de preservar
a biodiversidade.
Resistente à poluição
urbana
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Fazem parte da mesma Família: o
teixo-do-japão, (Taxus cuspidata), as variedades de teixo-da-irlândia,
"Fastigiata" e o teixo-do-canadá
"Dovastoniana", assim como a torreya-da-califórnia (Torreya californica) e mais híbridos que se encontram no comércio.
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As Taxáceas representam um ramo
evolutivo das essências linhosas coníferas que se diferenciaram muito cedo dos
outros grupos. O apogeu da sua evolução situa-se na Era Terciária e do que
existiu, pouco chegou até nós. Actualmente
esta género apenas tem oito espécies, que alguns especialistas consideram como
sendo variações geográficas de uma raça colectiva sobrevivente da dita Era.
O
teixo Faz
parte da Ordem dos gymnospermes, a mesma
que as coníferas, só que o teixo
nem produz cones, nem é resinoso.
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Na
Idade Média utilizava-se a madeira de teixo
na construção de bestas
e no fabrico de arcos de flechas.
Caso
raro numa coníferas, as estacas do
teixo são arbustivas, o que facilita a propagação
desta espécie, designadamente por "mergulhia".
Devido à sua longevidade e
à sua toxicidade que proíbe o acesso dos cemitérios ao gado, o teixo-da-irlândia orna
tradicionalmente muitos dos cemitérios dos países do norte da Europa, Irlanda,
Inglaterra, Bélgica, França...
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