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   OUTROS NOMES:

  Castanheiro-vulgar,  reboleiro ,

  castanheiro-comum,  

 

GERAL:

Árvore caducifólia de porte mediano podendo atingir 25 a 30 m de altura, mas geralmente imponente quando adulta e isolada; posssui copa ampla, larga nos sujeitos isolados. O tronco, grosso, revestido por casca que muda de côr e de textura com a idade, é espesso e direito; os ramos inferiores são compactos e de grande envergadura e os ramos superiores são torcidos.

 

FOLHAS:

Grandes folhas com 10 a 25 cm de comprimento por 5-8 cm de largura, caducas, alternas, simples, de forma oblongo-lanceoladas, agudas ou acuminadas, margem crenado-serradas ou serradas, têm dentes muito agudos e arqueados. São de cor verde-escura na página superior e verde-claro na página inferior com nervuras salientes. O pecíolo é amarelado ou vermelho, e as nervuras paralelas são cerca de 20 pares.

 

FLORES:

Espécie monóica com floração de Maio a Junho. Ambas as flores encontram-se no extremo dos ramos; as masculinas amarelas estão dispostas em amentilhos compridos e erectos, possuem cerca de 10 a 20 estames; as femininas, reunidas numa cúpula espinhosa verde, encontram-se na base dos amentilhos, possuem entre 7 a 9 estiletes estreitos e brancos e são rodeadas de folhas verdes modificadas (brácteas).

 

FRUTOS:

Aquénios castanho-brilhante (castanhas), agrupam-se em número de 1 a 3, encerrados por cúpula, primeiro verdes, depois castanhas e cobertas de espinhos  (o ouriço), que possui 4 valvas lobadas por onde são libertadas as castanhas aquando a maturação entre Outubro e Novembro. Frutifica regularmente após os 20 anos.

 

GOMOS:

Globulosos, castanho-avermelhado, com duas escamas desiguais. O ritidoma dos raminhos possui numerosas lenticelas.

 

CASCA:

Ritidoma liso e cinzento-esverdeado até aos 25-30 anos, passando depois a castanho-escuro com profundas fissuras longitudinais.

 

ECOLOGIA:

Árvore de meia luz, que se adapta facilmente a diversos tipos de clima embora os prefira húmidos, luminosos e suaves pois receia as temperaturas abaixo dos 15º negativos, tolera no entanto alguma secura e aprecia Verões quentes; prefere solos ligeiramente ácidos resultantes da decomposição do xisto e do granito e ricos em húmus, profundos, permeáveis e frescos, mas teme o calcário activo e o excesso de humidade.  Possui enraizamento pivotante e profundo.

Propaga-se por semente e rebenta bem pela touça e raízes; tem crescimento rápido até aos 50/60 anos em seguida é muito mais lento, podendo viver até 1500 anos.

Ocorre até 1000 metros de altitude e mais.

Frutificação a partir dos 8, 10 anos, mas só após os 20 frutifica regularmente.

 

DISTRIBUIÇÃO:

Zona natural difícil de delimitar devido à  sua propagação desde tempos remotos pelo homem. É actualmente natural na Europa Oeste e Sul: Espanha, França, Córsega, Itália, Ex-Jusgoslávia, Roménia e Hungria, Ásia Menor: Turquia e África do Norte :Marrocos e Argélia.

 Espontâneo ou cultivado em soutos, o castanheiro está espalhado um pouco por todo o país, inclusive as ilhas onde foi introduzido, no entanto assistiu-se a um grande declínio da sua área durante o século passado. Actualmente, a sua presença mais significativa verifica-se a norte do Tejo, onde encontra condições favoráveis ao seu bom desenvolvimento: altitudes superiores a 500 metros e com baixas temperaturas no Inverno. Tem expressão em Trás-os-Montes, Beiras e Alto Alentejo, também está presente no centro: serra de Lousã, de Sintra e Leiria, assim como na serra de Monchique, no Algarve.

 

UTILIZAÇÃO:

Espécie florestal que produz excelente madeira de cor escura, pesada e boa de trabalhar. Utilização em marcenaria, tanoaria, soalhos, tornearia, mobiliário construção naval e mais...

As varas obtidas em talhadias de ciclo curto podem ser utilizadas em cestaria e outros objectos de verga.

 

OBSERVAÇÕES:

 

Existem dois vocábulos para designar os povoamentos de castanheiros. Aos povoamento de castanheiros vocacionados para à produção de castanhas, dá-se o nome de “souto manso” enquante que o povoamento vocacionado para produzir madeira é o “castinçal”.

 

Segundo escavações arqueológicas recentes feitas em castros celtas, o castanheiro já existia entre nós antes da chegada dos romanos, o que contraria  a tese afirmando a introdução deste na Península durante a Romanização.

 

Em certas zonas, devido à doença da tinta, o castanheiro tem tendência a desaparecer.

A plantação de castanheiros tem recebido apoios estatais e incentivos financeiros, nomeadamente com o objectivo de produzir madeira, implantação de povoamentos de vocação madeireira (castinçais), através de talhadias de média a longa duração desta forma, a  área total de castanheiro no nosso País, ronda os 35 mil hectares. Ao nível de povoamento, há a destacar a região do nordeste transmontano, onde existem cerca de 12.500 ha, e a serra de S. Mamede, antes dos fogos de 2003, considerada um verdadeiro "santuário do castanheiro".

 

A Itália, possui a maior área florestal europeia de castanheiros, atingindo várias centenas de milhares de hectares.

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  Pertencem à  mesma família das "Fagaceas", todas as espécies de carvalhos  "Quercus" , todas as espécies de faias "Fagus". Quantos às outras espécies de castanheiros, existem: o carvalho americano "Castanea dentata", raro no meio natural e o castanheiro da China "Castanea millissima".

 

Os Soutos

 

A diferenciação dá-se por volta dos 3 a 4 anos de vida, quando para obter um castanheiro manso é necessário proceder à enxertia de um bravo. Em Portugal existem predominantemente cerca de 20 variedades de castanheiro manso, mas, no total, são conhecidas mais de uma centena. O castanheiro manso destina-se à produção de fruto. Os entendidos dizem que as variedades portuguesas de castanheiro produzem as melhores castanhas que se conhecem, e são muito consideradas no comércio mundial, nomeadamente nos núcleos de emigração portuguesa.

As variedades: Judia, Longal e Côta, são consideradas de melhor qualidade alimentar e maior valor comercial.

 

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Temos entre nós alguns exemplares de castanheiros monumentais nos distritos de Bragança Viseu e Guarda, cujos troncos têm circunferências com cerca de 10 metros e as copas conseguem abrigar várias dezenas de pessoas. São castanheiros centenários que parecem querer cumprir o dito do povo que diz que "um castanheiro leva 300 anos a crescer, 300 a viver e 300 a morrer".

 A presença do castanheiro está bem patente na toponímia de Portugal onde aparecem frequentemente designações como Souto, Castanheiro ou Castanhal. Só com a designação de Souto há mais de três centenas de menções toponímicas.

 

Valorização do castanheiro de Guilhafonso

http://www.freipedro.pt/tb/270397/guarda5.htm

 

 Plantar

O castanheiro é uma árvore pouco exigente que se adapta bem a climas rigorosos e a solos pouco férteis. Na primeira fase ...>>> (clique)

 

Sopa de castanhas

Gratinado de Castanhas

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