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OUTROS
NOMES:
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Salsaparrilha, Alegra-campo, Recama,
Salsaparrilha-bastarda, Salsaparrilha-indígena, Sarçaparrilha, Salsaparrilha-do-reino, Alegra-cão, Alegação, Legação
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GERAL:
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É uma
trepadeira perene, com porte de subarbusto fequentemente emaranhado, com caules
cilíndricos lenhosos, finos e sarmentosos que podem atingir os 15 m, rastejantes ou
trepadores, angulosos e providos de acúleos. Rizomas, tuberiformes e alongados
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FOLHAS:
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As folhas,
grandes, são persistentes, coriáceas, pecioladas, geralmente cordiformes, por
vezes lanceoladas, sagitadas ou triangulares, oblongas ou ovado-lanceoladas
(raramente reniformes), aculeadas, alternas, glabras e verde-escuras brilhantes,
ocasionalmente manchadas de branco, com margens lisas ou adornadas de espinhos
aduncos; o limbo tem um veio central com 5 a 7 nervuras pseudo-paralelas unindo-se
no ápice; possui 2 estípulas transformadas em gavinhas na base do pecíolo,
junto aos nós, não ramificadas, muito enroladas, podendo faltar em algumas
formas.
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FLORES:
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Floresce de
Agosto a Novembro. Racemo axilar ou terminal de umbelas sésseis e simples,
agrupando 5 a 30 flores, pequenas, branco-esverdeadas. As masculinas com 6
estames livres proeminentes inseridos na base do perianto e anteras
esbranquiçadas; as femininas com ovário trilocular e três estigmas sésseis.
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FRUTOS:
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Como espécie dióica,
só os pés femininos têm frutos. A maturação destes, ocorre entre Fevereiro e
Abril. Tem o aspecto de uma cacho de bagas globosas ou subglobosa, vermelhas
antes da maturação, quase negra com 8
a 10 mm,
depois; contendo 1 a 3 sementes lisas ou ligeiramente rugosas, brilhantes, avermelhadas.
Os frutos não são comestíveis.
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GOMOS:
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CASCA:
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O ritidoma de cor verde é estriado, glabro,
geralmente dotado de espinhos rectos ou curvos.
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ECOLOGIA:
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Prospera em
quase todo o tipo de solos; tanto aceita locais sombrios como soalheiros e
quentes, requerendo no entanto alguma humidade. Tolera temperaturas até -10C.
Encontra-se no sul da Península Ibérica em sebes, muros,
margens de campos, azinhais, sobreirais, carvalhais, bosques ripícolas,
pinhais, matagais e diversos tipos de coberto vegetal degradado.
Regenera bem pela raíz, por divisão do
rizoma, ou por sementeira, podendo viver para além de 20 anos.
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DISTRIBUIÇÃO:
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Espontânea em
climas mediterrânicos, quentes com alguma húmidos, é comum no sul da Europa, oeste da
Ásia até à Índia, norte e zonas tropicais da África e Macaronésia (excepto Cabo
Verde).
Em Portugal é comum no Sul,
mas está ausente do interior norte e centro.
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UTILIZAÇÃO:
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Pode ser utilizada
como planta ornamental. O belo efeito das suas flores brancas odorosas e depois
das bagas sucessivamente vemelhas e negras, levam esta liana volúvel a tapar e
a decorar um muro sem graça.
A parte utlizada da salsaparrilha é o rizoma, também
aromático, pelas suas propriedades depurativas e diuréticas.
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OBSERVAÇÕES:
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A salsaparrilha
apresenta um grau respeitável de toxicidade, as bagas sobretudo que não devem
ser. ingeridas.
Como trepadeira, necessita geralmente de um tutor ou
suporte, onde se possa fixar e prosperar. O que é possível observar no meio
natural, onde trepa facilmente pelos plantas e arbustos vizinhos, formando com
estas um emaranhamento denso.
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O género Smilax
e mais dois outros géneros foram recentemente alojados numa família à parte: Smilacaceae, com 370 espécies de
trepadeiras rizomatosas, 3 das quais da Europa mediterrânica. Anteriormente,
pertenciam à família Liliaceae.
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A salsaparrilha da Madeira
Smilax pendulina
Esta
salsaparrilha endémica da ilha da Madeira, tém folhas verde-claras, baças ou
pouco brilhantes, de consistência sub-rígida sem espinhos. Os frutos, bagas redondas, são
avermalhados quando maduros. Encontra-se sobretudo na laurisilva.
... e a salsaparrilha dos Açores
Smilax azorica
Raro endemismo do Arquipélago dos
Açores, onde pode ser vista também na laurissilva.
Pode aceder às fotos desta espécie copiando a seguinte morada web:
http://gardenbreizh.org/photos/karlostachys/photo-413412.html
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