|
|
|
OUTROS
NOMES:
|
Pinheiro
Manso
|
GERAL:
|
|
Árvore resinosa de
porte mediano até 25 m de altura. Possui copa densa, ampla, arredondada em forma
de guarda-sol no indivíduos adultos e esférica nos sujeitos jovens, muito característica da paisagem mediterrânea com alto fuste
direito ou levemente flexuoso e robusto. Tronco coberto por casca espessa, castanho-avermelhada,
depois acinzentada e profundamente fendida com a idade. Pernadas grossas
viradas para cima; ramos em ângulo
agudo, e raminhos curvos, de um tom cinzento-esverdeado-pálido. Ramificação densa
verde intenso.
|
FOLHAS:
|
Folhas persistentes,
em forma de agulhas - acículares - contendo canais
resiníferos marginais, agrupadas aos pares com 10 a 18 cm de comprimento e 1.5-2 mm de largura, ligeiramente
torcidas, agudas, encurvadas em goteira, flexíveis, luzidias, de cor
verde-acinzentadas. Persistem três a quatro anos.
|
FLORES:
|
Floração monóica. Flores masculinas
dispostas em inflorescências amarelas com forma
de espiga na base dos raminhos do ano; flores femininas, verdes, erguidas sobre curto pedúnculo, dispostas em
inflorescências na extremidade do rebento anual. A floração ocorre de
Março a Maio, enquanto que a maturação das pinhas dá-se três anos mais tarde.
|
FRUTOS:
|
As pinhas ou cônes,
são grandes de forma ovoídes, sub-globosas
com 7-13 x 7-10 cm, de base plana, sub-sésseis, primeiro
verdes, depois castanho-avermelhadas
brilhante na maturação que dura três anos após a fertilização dos óvulos. As escamas possuem escudilho levemente
piramidal, sob as quais se encontram duas sementes (pinhões) ovóide-elipsóides, de 1,5 a 2 cm de
comprimento, com asa pequena e testa lenhosa.
Frutifica a partir
dos 15-20 anos.
|
GOMOS:
|
Cilíndricos,
pontiagudos, castanho-avermelhados, com escamas franjadas de branco
Os raminhos são
glabros, cinzentos-esverdeados.
|
CASCA:
|
Ritidoma profundamente
fendido longitudinalmente, escamoso, de cor castanho-acinzentado no exterior e deixando
grandes placas a descoberto vermelho–alaranjadas.
|
ECOLOGIA:
|
Árvore de plena luz, heliófila , que requer luz
abundante e um clima algo quente, não suportando geadas fortes e contínuas.
Espécie
muito frugal e excelente pioneira em solos pobres em húmus, aceita vários tipos
de solo, embora os prefira siliciosos,
arenosos leves, incluindo areias marítimas e dunas fixas. Exige calor e
humidade atmosférica; resiste bem à seca, apreciando pluviosidade entre 400 e 800 mm e possui grande resistência ao vento, não indo além dos
1000 m de altitude.
Encontra-se
naturalmente misturado com o pinheiro bravo, azinheiras, sobreiros e outros
carvalhos.
Árvore de
crescimento lento (5 m aos 20 anos), mas de
longevidade média, cerca de 250 anos
Propaga-se unicamente
por semente.
|
DISTRIBUIÇÃO:
|
Espécie originária da zona ocidental da bacia do
Mediterrâneo: Sudoeste da Europa e Norte de África. Hoje em dia está muito espalhada por
toda a bacia mediterrânica
É espontânea em
Portugal, grande parte da área do pinheiro-manso, concentra-se a
sul do Tejo, principalmente nos distritos de Setúbal,
Évora,
Faro; a norte do Tejo: Santarém, mas
na realidade encontra-se em todo o litoral e interior do País, sempre que as condições
fitoclimáticas o permitem: na Beira Alta e Ribatejo.
|
UTILIZAÇÃO:
|
Pouco utilizada como
essência florestal, o interesse
económico dos extensos pinhais mansos reside no aproveitamento do pinhão
comestível. A semente, (pinhões) oleaginosas e ricas em
nutrientes são utilizadas em
douçaria na confecção de alguns pratos gastronómicos, ou como aperitivos.
A
madeira emprega-se em vigamentos, carpintaria, construção naval.
|
OBSERVAÇÕES:
|
A
sua acção de
protector dos solos arenosos, nomeadamente na fixação das dunas, permite obter rendimento florestal
em terrenos pobres, pouco ou nada produtivos.
É uma
árvore ornamental de grande valor. A sua forma é inconfundível devido ao
formato da sua copa semi-esférica.
Em alamedas e jardins proporciona uma
sombra densa e muito agradável.
Resistente à poluição urbana.
|
|
|
Fazem parte da mesma espécie: o pinheiro
de alepo, o pinheiro silvestre, o pinheiro bravo, o pinheiro cembro, o pinheiro
larício...
|
|
.
|
O epíteto específico, "
Pinea", é o nome em latim da pinha, alusivo aos pinhões comestíveis que
produz.
Os pinhões, são entre nós
muito utilizados em confeitaria, culinária e no
fabrico de determinados enchidos.
É relativamente comum em Lisboa, sobretudo em parques
e jardins.. No PFM, ocupa vastas áreas, formando pinhais
extensos, sendo uma das espécies mais abundantes.
|
|
.
.
|