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OUTROS
NOMES:
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Pinheiro-Marítimo
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GERAL:
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Resinosa
de porte mediano,
de
20 a 25 m de altura, podendo
chegar aos 40 m. Copa
piramidal nas árvores jovens,
arredondada ou
larga
com
alto
fuste direito e caduco
nas
adultas, rasa ou
achatada
quando ja
velhas. Tronco coberto por
casca espessa, castanho-escuro
e profundamente
fendida; ramificação
verticilada
,
densa;
ramos
quando jovens são muito
espaçados e
amplos.
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FOLHAS:
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Folhas
persistentes, em forma de
agulhas
(acículares),
agrupadas aos
pares
com 10 a 20 cm de
comprimento,
frequentemente torcidas,
encurvadas em goteira,
robustas,
rígidas,
pungentes
,
luzidias, de cor
verde-acinzentadas.
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FLORES:
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Floração
monóica.
Flores masculinas dispostas
em
inflorescências
douradas,
com forma de espiga, agrupadas
lateralmente
ao longo do terço inferior dos
raminhos
novos;
flores femininas
vermelho-róseas
dispostas
em
inflorescências, em
grupos de 3 a 5 na extremidade
do rebento
anual.
Floresce abundantemente em
Fevereiro e
em
Março.
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FRUTOS:
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As
pinhas ou cônes,
são pendentes sobre
curto
pedúnculo,
de forma
oblongo-cónicas, simétricas ou
quase simétricas, castanhas
claras e brilhantes quando
maduras,
marcescentes. As
escamas possuem escudos
proeminentes e providos de
um
mucrão
saliente
sob
as quais se
encontram
duas
sementes. A
pinha
só
amadurece
no final do Verão do 2º ano,
libertando numerosas sementes
com uma asa, vulgarmente
designada por penisco, de 6 a
8 mm de
comprimento.
Frutifica a partir dos 15
anos.
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GOMOS:
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Volumosos gomos
ovóides
castanhos, sem cobertura
resinosa, com escamas
cobertas de pêlos
esbranquiçados.
Os raminhos são glabros,
vermelho-escuros ou
verde-claros quando
jovens.
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CASCA:
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Ritidoma espesso e
profundamente fendido, de cor
castanho-escuro no exterior e
avermelhado nas camadas
internas.
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ECOLOGIA:
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Essência
heliófila
,
muito
frugal que possui um sistema
de
enraízamento
profundo.
Excelente
pioneira em solos degradados,
mas
calcífuga
prefere-os siliciosos, soltos
e arenosos. Exige abundante
precipitações, calor e
humidade atmosférica; resiste
bem à seca e às geadas e frio,
desenvolve-se até 1000
m.
Encontra-se naturalmente
misturado com o pinheiro
manso, azinheiras, sobreiros e
outros
carvalhos.
Árvore
de
crescimento
rápido, mas de
longevidade
média,
não indo muito além dos
200
anos
Propaga-se
unicamente por
semente.
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DISTRIBUIÇÃO:
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É
originária
do Sudoeste da Europa e Norte
de África. Tem uma
distribuição muito espalhada
pela bacia mediterrânica,
povoa os
litorais atlânticos da
Peninsula Ibérica e de
França.
Em
Portugal era primitivamente
uma espécie espontânea na
faixa costeira sobre solos
arenosos a norte do Tejo, onde
encontra as condições
fitoclimáticas
ideais: humidade atmosférica e
influência atlântica, mas
actualmente, devido à acção do
homem
está
presente
por todo o
País,
existindo abundantes
povoamentos estremes no Norte
e Centro, (distritos de Viseu,
Castelo Branco, Coimbra,
Guarda, Leiria e Santarém),
que com uma superficie de 812
000 hectares plantados,
representam 62,5%
da
área
total do pinheiro em Portugal;
penetra até Trás-os-Montes e
Beiras, e na faixa litoral
desde o Minho até à Península
de Setúbal.
Na Ilha da Madeira, o
Pinheiro-bravo representa 70%
da
área
plantada.
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UTILIZAÇÃO:
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Essência florestal de
grande
interesse económico
foi
abundantemente
plantada
pois
proporciona
uma grande produção de
madeira
,
protege contra o vento, e
devido ao seu
enraízamento
radical aprumado e profundo
como fixador de
dunas
além
de permitir a recuperação de
solos pobres e
erosionados.
A
madeira, resinosa, clara,
avermelhada ou
castanho-avermelhado, com
abundantes
nós é
durável,
pesada e pouco
flexível é
utilizada em
mobiliário,
postes, cofragem, caixotaria,
aglomerados, carpintaria,
construção naval,
combustível e
celulose.
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OBSERVAÇÕES:
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Extrai-se
a resina, pez,
usada na
indústria de tintas, vernizes
e
aguarrás. A casca do tronco é
rica em tanino e usada no
curtimento de
peles.
Actualmente, o Pinheiro
representa cerca de 40%
da
área
florestal, ou seja 1 300 000
hectares em todo
o
País,
quer em povoamentos puros,
quer em mistos dominantes.
Todavia, exige-se hoje uma
gestão mais cuidada do pinhal,
a fim de garantir um melhor
rendimento de
exploração.
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A
raça Mediterrânica
Devido
ao facto de
crescer em
duas zonas
distintas:
costa
atlântica da
Península
Ibérica
e da
França, para a
zona ocidental
e costas
mediterrânicas
da França,
Espanha,
Argélia e
Tunísia
para a zona
oriental, esta
espécie
está
separada em
duas
sub-espécies
sendo a
oriental
chamada
mesogénea,
e possui
algumas
características
próprias.
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Fazem
parte da mesma
Família: o
casquinha,
o cembro,
o
larício, o
pinheiro-de-alepo,
o pinheiro
manso,...
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Até à década de
70, o pinheiro
tinha na vida
da população
rural uma
grande
importância
económica. Com
efeito, era
comum cortar a
lenha,
(trancas
mortas e
pinhas) com a
ajuda de uma
vara, no
extremo da
qual havia um
podão, para
come ela cozer
os alimentos e
aquecimento
durante o
Inverno. As
agulhas, a que
se dá,
conforme a
região, o nome
colectivo de
caruma,
carumba,
sama... era
apanhada com
ancinho, e
disposta em
feixes depois
transportada
para casa onde
era utilizada
para atear o
lume. Via-se
assim nos
campos e
caminhos ,
burros e por
vezes homens e
mulheres,
transportando
ora feixes de
lenha e de
sama, ora
sacas de
pinhas.
Esta
recuperação do
material
lenhoso, para
o consumo
doméstico, em
nada alterava
o
equilíbrio ecológico
do manto
arbustivo,
tirando um
menor
enrequecimento
do solo com a
decomposição
dos restos
vegetais
.
O
Pinhal de
Leiria
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