Início Arborium Ficha Cipreste

 

 

 

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   OUTROS NOMES:

Cipreste comum, cipreste dos cemitérios, cedro-bastardo

 

GERAL:

 

Árvore muito carecterística da paisagem mediterrânica, de porte mediano pode atingir 30m de altura. Possui duas formas: a de copa fusiforme com ramos fastigiados e a de copa piramidal com ramos patentes; resinosa com ramagem densa de folha persistente. O tronco erecto, gretado é de cor castanho-acinzentado. Os ramos são erectos ou patentes, os raminhos novos mais ou menos tetragonais com inserção irregular no raminho principal. A cor dominante é o verde-escuro.

FOLHAS:

Folhas opostas, escamiformes,  obtusas, curtas de 1 a 1.5 mm de comprimento, todas semelhantes, muito aplicadas ao raminho, verde-escuro mate.

FLORES:

Planta monóica que floresce na Primavera. As flores masculinas: estróbilos amarelo-esverdeados de 4 a 8 mm de comprimento, dispostos nas extremidades dos ramos, as femininas são globosas e situam-se na extremida de outros raminhos geralmente muito curtos.

FRUTOS:

Pequenas gálbulas, têm a forma de cones-globosos, curtamente pendiculadas, oblongas de 2,5 a 4 cm de comprimento, primeiro verdes, depois cinzento-amareladas quando maduras no segundo ano, com 10 a 14 escamas poligonais, macronadas e com margens algo onduladas. Cada escama ao abrir liberta entre 8 a 20 sementes aladas com cerca de 3 a 6 mm.

GOMOS:

Não aparentes durante o Inverno.

CASCA:

O ritidoma é pouco espesso, primeiro liso, depois castanho-acinzentado ou avermelhado com fissuras superficiais, sem descamação.

ECOLOGIA:

Pouco exigente quanto ao solo, aceita-os secos, pobres, áridos, calcários ou não, mas rejeita os encharcados. Medianamente tolerante ao ensombramento, resiste bem ao vento e à secura e mínimas de -10/15°C.

Não vai além dos 800 m de altitude.

Vive cerca de 2000 anos.

DISTRIBUIÇÃO:

Aparentemente é originária do Próximo-Oriente, Irão, Síria, mas foi  plantada extensamente e hoje encontra-se naturalizada em toda a zona mediterrânea.

Em Portugal, está espalhada por todo o território, excepto nas zonas alpinas.

UTILIZAÇÃO:

A forma fusiforme tem essencialmente um papel ornamental e faz parte da paisagem do clima mediterrânico.

Devido à sua resistência ao vento, esta forma serve de sebes et de corta-vento e protege assim as culturas

A forma fastigiada tem aplicação florestal, pois a sua madeira de boa qualidade, pesada e muito duradoira é praticamente indestrutível, mesmo em locais húmidos; utilizada em mobiliário e carpintaria nomeadamente.

OBSERVAÇÕES:

 

 Diz-se que o facto de ser normalmente plantada perto dos cemitérios se deve à forma da copa, que é semelhante a uma vela. Estariam, assim, a velar os mortos.

Na Grécia antiga esta árvora era dedicada ao deus do inferno - Hades.

Cipreste, aspecto das folhas .JPG

Cipreste, flores femininas.JPG

Cipreste, flores masculinas.JPG

Cipreste, fruto com sementes.JPG

Cipreste, fruto.JPG

Cipreste, aspecto do ritidoma.JPG

Cipreste, forma fusiforme.JPG

Cipreste, forma de copa piramidal.JPG

  

 

Ficha CarvalhorobleQuercusrobur_htm_smartbutton38.gif   circle09_green.gif Fazem parte da mesma Família: o cipreste do buçaco, o cipreste da califórnia, o cipreste de lambert...

 

 

Apolo e Cyparissus.GIF circle09_orange_1.gif  Mito da criação do cipreste

Cyparissus, gostava de passear pelos bosques na companhia de um magnífico veado domesticado, dedicado a Apolo. 

Ora acontece, que por engano, Cyparissus mata o veado, seu companheiro. Apercebendo-so do seu erro fica inconsolável e lamenta-se tanto que Apolo que tinha assistido ao funeste fim do animal, transforma o caçador em árvore, dando-lho o seu nome: cipreste; árvore do luto, “Sobre ti derramarei lágrimas" – Tu serás o companheiro da dor e do luto   (Ovídio em “As Metamorfoses”)

No entanto a mitologia grega consagra o cipreste ao deus Hades, deus das profundezas, dos subterrâneos e dos infernos, e isto,  devido à sua grande longevidade e à sua folhagem persistente, sempre verde.

Devido à carga simbólica de “eternidade” do cipreste, era com a sua madeira que se faziam os caixões dos guerreiros gregos mortos pela Pátria.

 

 

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