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OUTROS
NOMES:
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Padreiro,
plátano-bastardo,
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GERAL:
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Espécie arbórea caducifólia
de porte elevado chegando a atingir 35 m de altura, tem copa abobada e ampla,
folhagem densa e abundante; ramos frequentemente robustos,
raminhos curtos e muito sinuosos, de cor verde-acizentada com lentículas
mais claras. O tronco recto,
cilíndrico é primeiro liso e acinzentado tornando-se depois
castanho-escuro.
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FOLHAS:
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Caducas, simples,
opostas, palmadas, divididas em 3-5 lóbulos agudos sendo as margens providas de grossos dentes desiguais;
verde-escuras por cima e mais claras por baixo, com pêlos ao longo das nervuras principais,
com cerca de 10-15 cm de comprimento. O pecíolo é muito longo e avermelhado de 5-15 cm. A
forma geral é muito parecida
com as folhas do plátano.
No entanto o tamanho e o recorte das folhas variam com a idade: as
árvores jovens
apresentam folhas maiores, profundamente lobadas com pecíolos escarlates,
enquanto que os exemplares mais velhos com crescimento lento apresentam folhas mais
pequenas, com pecíolos mais curtos, verdes ou rosados, lobos menos acentuados, sendo os dois lobos junto à base
de tamanho inferior aos restantes.
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FLORES:
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Floração em Abril
e Maio. Numerosas flores
entre 60 e 100, hermafroditas ou unissexuais, de cor amarelo-esverdeadas, dispostas em
panículas pendentes com 6 a 12 cm; aparecendo com as folhas.
As
flores, pequenas, e melíferas
(atraem as abelhas) têm longos pedúnculos, dois verticilos
florais, um de 5 sépalas e outro de 5 pétalas desenvolvidas e livres, que se
inserem junto com os 8 estames, num disco
anelar carnudo situado debaixo do ovário.
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FRUTOS:
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Estes
aparecem aos pares no Outono do mesmo ano. As duplas
sâmaras
( dissâmaras),
são glabras e com
asas
membranosas,
formam entre elas um ângulo aproximadamente
recto; (90º) tendo cada par
cerca de 6 cm de largura, verdes matizados de vermelho quando jovens e castanhos na maturidade;
mantendo-se muito tempo na árvores, depois desta
ter perdido as folhas.
Frutifica a partir de...
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GOMOS:
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As gemas são ovóides de 0,8-1 cm e possuem escamas verdes,
orladas de castanho
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CASCA:
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Quando jovem
é lisa e acizentada, depois com a idade fissura-se em placas irregulares que se descamam, expondo manchas levemente alaranjadas.
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ECOLOGIA:
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É uma
árvore rústica
de plena luz que tolera o ensombramento e que
gosta de locais frescos. Comum
nos bosques e vales caducifólios, também podendo
fazer parte da flora ripícula.
Embora indiferente ao Ph dos solos
aprecia-os profundos,
frescos e
ricos em húmus. Prefere climas com pluviosidade regular,(sobretudo
nos primeiros anos de vida)
ainda que suporte bem o calor e a secura; tem enraizamento
profundo; aceita altitudes elevadas, até 1800,
possui boa resistência ao frio.
Propaga-se por semente,
produzida em abundância e naturaliza-se facilmente se as condições
ecológicas o permitem,
ou por estaca, renova bem pelo cepo.
Crescimento rápido,vive entre 300 a
400 anos.
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DISTRIBUIÇÃO:
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Espécie nativa do sul e centro da Europa
e Asia
Menor.
Em
Portugal o bordo é espontâneo a norte do Tejo. Espécie que
prefere regiões
montanhosas.
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UTILIZAÇÃO:
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Espontânea
ou cultivada como árvore
de sombra e ornamental em parques e
jardins, alinhamento em avenidas e alamedas.
Madeira de boa qualidade, branca e homogénea com uma granulação contínua, fácil de trabalhar.
Utilizada
em marcenaria, carpintaria,
no fabrico de instrumentos musicais,
interiores: decoração e revestimentos.
Fornece também um bom combustível.
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OBSERVAÇÕES:
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No Outono as folhas antes de caírem tomam tonalidades amarelo-dourado e
castanho-arruívado que são muito características
e de rara beleza.
Existem
numerosas variedades e "cultivars" no
comércio e visíveis em muitos parques, entre
as quais: Purpureum, Rubrum,
Albovariegatum...
Resistente à poluição urbana.
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Fazem
parte da mesma
Família: o
bordo comum (Acer campestre), a zelha (Acer monspessulanum),
o bordo-da-noruega (Acer platanoides),
o pau-ferro (Acer negundo)...os dois
últimos
não
fazendo parte da nossa flora espontânea
foram naturalizados
nomeadamente em parques florestais .
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Uma outra espécie de Acer, que
possui semelhanças com o plátano mas mais rara no nosso país que o Acer pseudoplatanus,
é o bordo-da-noruega (Acer platanoides): as folhas
têm lóbulos menos profundos e dentes agudos. Tem as asas das sâmaras divergentes (quase horizontais – 180°).
É
raro na Península Ibérica, sendo apenas
espontâneo nos Pirinéus, também se
cultiva como ornamental.
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O
bordo, Acer pseudoplatanus, é
também chamado plátano-bastardo, devido à semelhança das suas folhas com as do
plátano. No entanto, mais parecidas ainda, são as folhas do Acer
platanoides.
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