Início Arborium Ficha Abrunheiro-bravo

 

 

 

15_74_13_web.jpg

 

 

 

 

  NAVEGAÇÃO

 

 >>   Início   
 >>   Arborium   
 >>   Floresta   
 >>   Homens e árvores
 >>   Arborizar  
 >>   Glossário   

 

 

 

 

 

 

 

   OUTROS NOMES:

Abrunheiro, Abrunheiro-bravoBrunheiro,  Cagoeiceiro-bravo, Ameixeira-brava,  Ameixieira-brava, Ameixoeira-brava,

 

GERAL:

Arbusto ou pequena árvore caducifólia de 1 a 4 m, por vezes 5 m, com vários caules anegrados, de forma irregular, com ramagem densa e intrincada, ramos divaricados cobertos de espinhos e raminhos patentes pardo-acinzentados em ângulo recto, curtos, geralmente terminados por um   espinho rígido.

 

FOLHAS:

As folhas obovadas a ablogo-lanceoladas, pequenas 2 a 4 cm de comprimento e 1 a 2 cm de largura, acuminadas, com a margem finamente serrada, simples, pecioladas, alternas, verde-escuras, pubescentes e em seguida glabras surgem depois das flores.

 

FLORES:

Abundante floração branca de Março a Abril. As flores desabrocham antes das folhas, pequenas (1 a 1.5 cm), pedunculadas, solitárias ou geminadas; hermafroditas, com 5 pétalas glabras e brancas, raramente rosadas, numerosos estames com anteras vermelhas (20 a 25) e um estilete.

 

FRUTOS:

O abrunho, pequena drupa globosa a ablonga, azul-escuro ou negro-violáceo quando madura a partir de Setembro, com cerca de 1,5 a 2cm - menor que a ameixa - coberta de pruína cerosa, com polpa esverdeada, endocarpo subgloboso e algo liso. Os abrunhos são comestíveis depois das primeiras geadas que atenuam o seu sabor adstringente e ácido-acre.

 

GOMOS:

Pequenos, glabros e anegrados; globosos e amarelados para os gomos reprodutivos.

 

CASCA:

Ritidoma liso um tanto brilhante estriado horizontalmente, enegrecido, com ramos pubescentes e espinhosos, os ramos do ano são acizentados e também pubescentes.

 

ECOLOGIA:

Planta de plena luz, (suporta o ensombramento, mas sofre uma forte baixa frutífera) prospera em quase todo tipo de solo, embora os prefira calcários e argilosos. Boa adaptação à seca. Tem raízes horizontais e laterais. De crescimento rápido, forma sebes e orlas de bosques, vive nas margens dos campos e caminhos, matos, baldios, ao longo das zonas ribeirinhas, coloniza as zonas perturbadas.

Propaga-se por semente, por mergulhia, ou por rebentões de raíz (pôlas), com uma longevidade entre 40 a 80 anos.

Ocorre até altitudes de 1500m, com boa resistência ao frio, suportando os 30°C negativos.

 

DISTRIBUIÇÃO:

Comum em quase toda a Europa, (excepto as zonas nórdicas), Ásia central; África do Norte. Frequente em toda a Península Ibérica sendo mais raro a sul.

Indígeno em todo o país, excepto nas províncias do Sul.

 

UTILIZAÇÃO:

Forma sebes naturais.

A madeira, muito dura e resistente, castanho-avermelhada frequentemente listada de cor-de-rosa, é pouco utilizada devido ao fraco diâmetro dos caules; no entanto pode-se confeccionar cabos de ferramenta, objectos torneados, bengalas e clubes de golfe, é também utilizada em trabalhos de embutido.

Excelente lenha de aquecimento.

 

OBSERVAÇÕES:

 

O abrunheiro é uma arbusto rústico que apresenta um grande interesse ecológico para a fauna: insectos, aves, pequenos mamíferos alimentam-se do seu pólen, das suas folhas e dos seus frutos; oferece também uma excelente protecção dos ninhos contra os predadores. As densas sebes e moitas que a partir de Março são magníficas manchas brancas na paisagem, têm um efeito protector contra o vento e a erosão do solo. O seu maior inconveniente é o de se propagar facilmente tornando-se por vezes, incontrolável na sua expansão.

As flores contêm ácido cianídrico, bem como a casca e as folhas, utilizado em medicina  devido às propriedades adstringentes.

 

Folha, pagina superior.JPG botoes.jpg
Floracao.JPG Flores.JPG
Aspecto geral floracao.JPG Parcial, frutos verdes.JPG
Fruto maduro.JPG Ritidoma.JPG

 

 

 

São da mesma família a cerejeira-brava (Prunus avium), o azereiro (P. lusitanica), o azereiro-dos-danados (P. padus).

 

 

 

   PROVÁVEL EXISTÊNCIA DE DUAS SUBESPÉCIES DE ABRUNHEIRO-BRAVO!

 Alguns autores admitem a existência de duas subespécies em Portugal:

  - P. spinosa subsp. spinosa

  - P. spinosa subsp. insititioides

 

 

 

 

 

bar10_purple.gif

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Topo

 


m